O inquérito, cujos resultados serão publicados na edição de junho da Teste Saúde, baseou-se na participação de 1.345 inquiridos.
Destes, 14% dos inquiridos afirmaram ter "comprado fármacos sujeitos a receita médica sem apresentar a respetiva prescrição e em locais onde não os conheciam".
Entre os fármacos adquiridos desta forma, "destacam-se os ansiolíticos e os anti-hipertensivos". Em 21 casos (dois por cento da amostra), os inquiridos compraram antibióticos sem prescrição.
Conforme os autores do artigo referem, "os ansiolíticos, em particular as benzodiazepinas, devem ser tomados com precaução, por curtos períodos e sempre com acompanhamento médico, dado o risco de habituação".
De acordo com este inquérito, os farmacêuticos ou técnicos superiores de farmácia são "os primeiros profissionais consultados por 78% dos inquiridos quando surge um problema menor de saúde, como uma dor de cabeça, azia ou constipação".
"Cerca de metade dos que têm dificuldades com medicamentos (não saber como tomar, efeitos secundários, indicações, etc.) segue o mesmo caminho, porque o farmacêutico é um grande conhecedor na matéria", lê-se no artigo.
Segundo o inquérito, "as farmácias nem sempre têm o que os consumidores procuram: quatro em cada dez inquiridos revelaram ter desistido de comprar um fármaco no último ano" por este não existir na farmácia.
"Metade indicou ter esperado mais de 24 horas pela sua chegada ao balcão e a mesma proporção afirmou ter sido obrigada a percorrer vários estabelecimentos à procura", lê-se na publicação da DECO.
Em relação ao preço dos produtos vendidos na farmácia, sem ser medicamentos, este é considerado "demasiado elevado para 36% dos inquiridos".
Dezasseis por cento dos inquiridos afirmaram que "estes estabelecimentos só deveriam comercializar medicamentos".
"Para um quarto dos inquiridos, o atendimento não é suficientemente personalizado e um quinto manifestou insatisfação com o tempo de espera e a ausência de certos medicamentos".
Lusa/SOL