"'Republicanos' não é apenas o novo nome de um partido. É o grito de guerra de todas aquelas e todos aqueles que sofrem por ver a República retroceder todos os dias e que querem opor-se terminantemente a esse recuo", escreveu Sarkozy num "apelo" difundido via Internet na véspera de um congresso do partido.
"'Republicanos' é o nome daqueles que preferirão sempre a liberdade a todas as formas de dependência e escolherão sempre a abertura ao universal contra o confinamento comunitário", prossegue o ex-chefe de Estado no texto encabeçado pelo símbolo do novo partido, um R tricolor estilizado.
A União para um Movimento Popular (UMP), criada em 2002, cederá então lugar, no sábado, aos Republicanos, um nome desejado por Nicolas Sarkozy e aprovado pelos militantes numa votação eletrónica realizada na quinta-feira e hoje.
Preocupados por ver a direita reivindicar um valor comum, partidos e associações de esquerda intentaram uma ação judicial para bloquear a mudança de nome, mas os juízes não lhe deram deferimento.
Após a derrota nas eleições presidenciais de 2012 contra o socialista François Hollande, Nicolas Sarkozy retirou-se da vida política e o seu partido afundou-se em querelas internas, acumulando desaires judiciais e financeiros.
Em novembro, Sarkozy retomou a liderança do partido, determinado a virar a página para se lançar à reconquista da Presidência. Para tal, iniciou, além da mudança de nome do partido, uma reforma dos estatutos e da equipa dirigente, que será aprovada no sábado, num congresso que se quer "refundador" às portas de Paris.
Lusa/SOL