"Denunciei o sistema que existe. Estou disponível para contribuir para um futebol mais transparente e democrático, mas depende das oportunidades, do momento e dos apoios para voltar a ter uma decisão independente em relação àquilo que quero fazer no futebol", afirmou o antigo futebolista.
Por outro lado, o ex-jogador de Sporting, FC Barcelona, Real Madrid e Inter de Milão descartou a ideia avançada pelo antigo internacional inglês Gary Neville, que considerou que um boicote de jogadores como Cristiano Ronaldo e Lionel Messi ao Mundial2018 poderá obrigar Joseph Blatter a abandonar a liderança da FIFA.
"Isso é impossível", exclamou, à margem de uma iniciativa promovida pela sua fundação, que levou 100 crianças à Volvo Ocean Race, na Doca de Pedrouços, em Lisboa.
Luís Figo desistiu da corrida à presidência da FIFA uma semana antes da realização das eleições, por considerar que não se tratava de um ato eleitoral normal, tendo comparado o actual estado do organismo que rege o futebol mundial a uma "ditadura".
O suíço Joseph Blatter foi reeleito a 29 de maio para um quinto mandato como presidente da FIFA, até 2018, ao vencer o jordano Ali bin al Hussein, num sufrágio realizado no 65.º Congresso do organismo que tutela o futebol mundial.
Blatter acabou por ser eleito ao final da primeira volta, depois de o seu oponente ter anunciado que não disputaria uma segunda volta.
O suíço é o oitavo presidente da FIFA, tendo sucedido, em 1998, ao brasileiro João Havelange. Na eleição, à qual chegaram a ser candidatos o português Luís Figo e o holandês Michael van Praag, Blatter recebeu 133 votos a favor, contra 73 de Ali bin al Hussein.
Lusa/SOL