"Estamos a trabalhar em colaboração com as embaixadas, autoridades aeroportuárias e com as nossas equipas de intervenção rápida para encontrar os estrangeiros desaparecidos", afirmou hoje à agência EFE o superintendente da polícia nepalesa Basundhara Khadka.
A maioria dos estrangeiros desapareceu em zonas turísticas como o Vale de Langtang, popular entre os montanhistas, e o de Manang, junto da fronteira do Tibete.
"Os familiares tendem a comunicar os desaparecimentos, mas não avisam as autoridades quando estes aparecem", disse Basundhara Khadka, acrescentando que isso está a dificultar a contagem das vítimas mortais apesar de já ter passado um mês após a catástrofe.
"Além disso, existem 15 cadáveres que continuam por identificar", referiu o subinspector Kamal Singh Bam, aduzindo que entre estes se encontram um estrangeiro e uma criança.
A maior parte desses corpos foram recuperados no Vale de Catmandu e dois foram trazidos do Vale de Langtang, daí as autoridades calcularem que dezenas de estrangeiros continuem desaparecidos desde o passado dia 25 Abril.
"Os corpos por identificar estão na morgue do Hospital Teaching, em Catmandu", referiu ainda o subinspector.
"Recolhemos amostras de ADN, impressões digitais e fotografias de todos os cadáveres para proceder à sua identificação", acrescentou.
Cinco semanas depois de um sismo de 7.8º graus ter abalado o Nepal, o maior dos últimos 80 anos, os colégios do Vale de Catmandu reabriram ontem as suas portas com uma baixa frequência e aulas a decorrer em centros temporários ou em tendas.
Lusa/SOL