"Estamos a pensar que poderá ser conhecido o vencedor no princípio de junho e que o concurso possa estar assinado a partir de 15 de julho", depois da assinatura do Tribunal de Contas, afirmou Rui Loureiro, em declarações à agência Lusa.
Este responsável considerou que, com as subconcessões do Metropolitano e da rodoviária Carris, "vai melhorar tudo".
"Quando digo tudo é, fundamentalmente, o serviço público que se presta à cidade e os custos associados pela otimização. Nós cremos, sinceramente, que os grandes operadores são mais eficientes do que nós. Têm grandes parques. Nós temos 600 autocarros na Carris e temos 300 comboios no Metropolitano. Alguém que costuma gerir mil e não sei quantos comboios, cinco ou seis mil autocarros, naturalmente tem regras, procedimentos bastante mais eficazes do que nós. E é isso que a gente espera. É que tragam esse conhecimento para poder gerir as empresas de transporte público na cidade", acrescentou Rui Loureiro.
Para o presidente da Transportes de Lisboa, 'holding' à qual pertencem o Metro e a Carris e à qual o Estado entregou a missão de subconcessionar as empresas, "não faz nada mal" se for uma empresa estrangeira a vencer as subconcessões.
O responsável reiterou que as projeções de ganhos para os oito anos de subconcessões são de 170 milhões de euros, além do que já foi ganho desde que o Estado deixou de pagar indemnizações compensatórias, quando entregou as concessões do Metro e da Carris à Transportes de Lisboa.
Rui Loureiro explicou que a Transportes de Lisboa é atualmente a detentora das concessões e, portanto, será ela que receberá a bilhética, cedendo depois à subconcessionária uma parte destas receitas, além de uma tarifa pelo quilómetro que faz.
"Nós escolheremos aquele [candidato] que aceite maior risco e que nos custe menos. Existe um limite máximo de cerca de 80 milhões para a Carris e de cerca de 53 milhões para o Metro. Mais do que isto não pagamos. É o que estamos dispostos a pagar pela subconcessão. E agora eu pergunto quem é que me faz mais barato e, além de fazer mais barato, quem é que assume mais risco", considerou.
Rui Loureiro acrescentou que a 'holding' está atualmente aberta a negociar rescisões com entre 220 a 350 pessoas "ao nível corporativo e não ao nível operacional", estando prevista a transferência de cerca de três mil funcionários para as subconcessionárias, dos quais 1.100 do Metro e 1.850 da Carris.
"Estamos neste momento a proceder às negociações", observou.
O Governo aprovou a 26 de fevereiro a subconcessão Metro e da Carris e, em março, foi publicado em Diário da República o anúncio do concurso público internacional.
A 18 de maio, a Transportes de Lisboa revelou esperar seis propostas para as subconcessões do Metro e da Carris, dentro das 15 manifestações de interesse que tinha obtido até então.
Lusa/SOL