Um balanço difundido cerca das 15:00 (08:00 em Lisboa) pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua indicava cinco mortos confirmados e doze pessoas resgatadas.
O naufrágio poderá ser o pior do género registado em décadas na China, disse a Xinhua.
Mergulhadores conseguiram salvar uma mulher de 65 anos que se encontrava dentro do navio, mas ao início da manhã (hora local), o vento forte e a chuva estavam a dificultar as operações de busca e salvamento.
O acidente ocorreu na segunda-feira à noite, cerca das 21:30, quando o navio "Dongfangzhixing" (Estrela do Oriente) foi atingido por ventos de 130 quilómetros à hora.
O capitão e o engenheiro-chefe da embarcação, entretanto detidos, disseram que o barco se afundou "no espaço de um a dois minutos".
"Foi tão rápido que o capitão nem teve tempo de dar sinal de alerta", disse Wang Yangsheng, funcionário superior do Centro de Socorro Marítimo de Yuegang, citado pela agência Xinhua.
Na altura, seguiam a bordo 406 passageiros e 47 tripulantes.
As idades dos passageiros vão dos 3 aos 83 anos, mas a maioria está na casa dos 60 e 70.
O barco, com 76 metros de comprimento e quatro andares, seguia de Nanjing para Chongqing, duas das grandes cidades atravessadas pelo rio Yangtze.
Mais de uma centena de barcos e quase cinco mil pessoas, entre as quais 1.840 soldados e 1.600 agentes da polícia, foram mobilizados para as operações de busca e salvamento, indicou a imprensa oficial.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, deslocou-se também ao local do naufrágio, uma zona com 15 metros de profundidade, situada em Jianli, na província de Hubei.
Com quase 20 anos de serviço e capacidade para transportar 534 pessoas, o "Dongfangzhixing" fazia regularmente passeios turísticos no Yangtze.
Trata-se do terceiro maior rio do mundo, a seguir ao Nilo e ao Amazonas, com 6.300 quilómetros de extensão.
Lusa/SOL