Mas se quer ser envolvido por um novo ambiente, terá de ter tempo… e investir. A marca promete que vale a pena aproveitar esta versão (bastante) melhorada a nível gráfico. Neste caso, o detalhe ou o realismo das acções tomam outra proporção.
E não só visualmente. A capacidade de resposta do PC às exigências do jogo torna-se evidente nos momentos de acção. Os efeitos de iluminação, as explosões, trocas de tiros ou perseguições exigem uma resposta sincera do hardware. Convenhamos que não é agradável um jogo em câmara lenta ou com paragens…
Mas vamos ao jogo. A acção corre em Los Santos, uma cidade que transborda detalhes. Há construções, terreno, ambientes que deslumbram pela qualidade gráfica. Tudo está no seu lugar, seja a sombra que é projectada pelo realista nascer do sol, seja o reflexo das luzes a balançar na água.
E claro, a acção. Quem conhece as anteriores versões do jogo sabe que não é para crianças ou para ‘meninos’. É necessário estômago: há violência, roubos, actividades ilegais e até morte de inocentes, são esses os passos necessários para evoluir e prosseguir.
A história é na primeira pessoa, onde o jogador é a figura principal. E pode encarnar Michael De Santa (ladrão de bancos que volta ao crime após quebrar um acordo com o FBI), Trevor Philips (um veterano piloto de avião habituado às lides militares que se torna cúmplice de Michael) ou Franklin (um negro vítima de uma infância difícil e que não conhece outro mundo que não o dos roubos e drogas). Não chega? Bem, sempre podemos escolher o fiel cão de Franklin, o Chop…
O cenário é pleno de missões, mensagens que indicam objectivos, ou crimes, que é preciso descortinar ou cumprir para passar à fase seguinte. O não se consegue fazer sem telemóvel – um dispositivo, ou neste caso ferramenta, imprescindível para avançar e ter noção das missões, estatísticas, gravar ou, mais normal, fazer chamadas. É nele que o jogador vê os diálogos, as indicações para cada momento ou… em modo lazer, chamar um táxi ou mesmo ligar para as 'meninas' do jogo.
Outra necessidade bem patente é o transporte, a movimentação por essa imensa Los Santos. Se nos queremos mover precisamos de 'arranjar', vulgo, roubar veículos. Cabe ao jogador escolhê-lo ao seu gosto, sendo que a facilidade de adquirir, ou mesmo fugir, é substancialmente mais fácil quando escolhemos veículos já na faixa rodoviária. Um veículo estacionado implica a destreza e tempo para o tirar do local. Por vezes tem alarme e até custa a pegar… o que chama a atenção tanto dos transeuntes como da polícia.
E isso significa conflitos. Mas este é um GTA, e vive deles.
O jogo está ainda dotado de outra mais valia: o Director Mode. Um novo modo ao estilo cinematográfico que permite que toda a acção seja editada, colocando personagens a falar, a fazer determinadas acções, alterar a hora do dia ou as condições meteorológicas para que se possa criar a cena que se tem em mente.
Outra novidade é o Rockstar Editor. Um editor exclusivo para a versão de PC e que permite captar imagens ou particularidades das nossas proezas. Por vezes, não é totalmente flexível ou de ‘fácil trato’, mas também é capaz de boas opções. Permite mudar ângulos de câmara, acrescentar filtros de cor, até a banda sonora pode ser acrescentada. E quem achar que a sua 'obra' é digna de figurar online, é possível fazer directamente o upload para o Youtube ou o Social Club ( que pertence à Rockstar).
Para quem 'devora' as horas diante do PC e facilmente chega ao limite do jogo, há o modo online. Mas prepare-se, aqui não há subtilezas. O melhor conselho é: jogue. A experiência de jogo será necessária nesta variante, onde os famintos jogadores em rede tentam provar a mestria, ou força no ecrã. Mortes de sobra, roubos e tiros são casuais. A melhor notícia é não haver um dia igual.
Para quem gosta do estilo, é um jogo a não perder, pelo realismo e toda a animação inerente à impunidade nas aventuras propostas. Se juntarmos a isso gráficos de outro mundo e muita acção, cumpre-se a promessa de serões bem animados.