Segundo a acusação, o arguido, que cumpre a medida de coação mais gravosa (prisão preventiva), envolveu-se numa discussão com a vítima por aquela lhe dever 750 euros em rendas e refeições, acabando por assassiná-la com várias facadas.
O suspeito, de 52 anos, terá guardado o corpo do hóspede num armário do quarto, tendo-o depois levado num saco para a arrecadação da pensão.
O corpo da vítima, de 54 anos, viria a ser descoberto sete meses após o crime, em avançado estado de decomposição, por um hóspede que lá foi guardar uma bicicleta e chamou a PSP por estranhar o "cheiro nauseabundo".
O suspeito do homicídio está acusado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e posse ilegal de armas.
Durante o julgamento, que iniciou a 19 de Maio, o arguido assumiu o crime e referiu não se ter desfeito do corpo porque "não podia deitar fora o que Deus criara".
Em alegações finais, o Ministério Público pediu até 16 anos de prisão por considerar que o suspeito cometeu o crime de forma "frívola e gratuita".
Lusa/SOL