Segundo a agência France Presse, o Partido da Justiça e Desenvolvimento (o islamita AKP) ganhou sem surpresa o escrutínio, mas não foi além dos 40,7% dos votos, conseguindo 258 dos 550 lugares de deputados, forçando-o pela primeira vez a formar um governo de coligação.
Também pela primeira vez no panorama político turco, a formação pró-curda Partido Democrático do Povo (HDP) ultrapassou a barreira dos 10% imposta aos partidos para obterem assento no Parlamento. Com 13% dos votos, o HDP conseguiu eleger 79 deputados.
O HDP já tinha 29 deputados na Assembleia cessante. Mas estes tinham sido eleitos enquanto independentes para contornar o limite obrigatório dos 10%.
Os outros dois principais concorrentes do partido no poder, o Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata) e o Partido de Ação Nacionalista (MHP, direita) obtiveram 25,1% e 16,4% dos votos, alcançando 132 e 81 lugares no Parlamento, respetivamente.
A participação nestas eleições, consideradas como determinantes para o futuro democrático deste país euro-asiático, foi de 86% entre os 54 milhões de turcos com direito a voto.
Lusa/SOL