«No caso das indústrias de mão-de-obra intensiva e mais tradicionais, quanto mais valor acrescentado dermos ao produto mais trabalhadores temos de ter. Exigia-se um tratamento diferente para realidades diferentes», queixa-se Ana Paula Rafael.
A administradora tem exposto o problema a vários governantes – o ministro da Economia, António Pires de Lima, esteve em Alcains em Maio –, mas sem resultados práticos. «Dizem-nos que vão estudar o assunto», revela. A Dielmar pede ainda uma discriminação positiva devido aos custos acrescidos da interioridade. Quase todos os quadros são provenientes de Lisboa e Porto e as deslocações a essas cidades para levar clientes estrangeiros à fábrica são constantes.
Ana Paula Rafael nota que o custo das portagens na A23 é superior, por quilómetro, ao da A1: «Deveria haver condições favoráveis para quem gera riqueza e produtos transacionáveis não consumidos localmente».