No início do século XX foi adquirida por Constantino de Almeida, a quem se ficou a dever o célebre brandy Constantino e cujo spot publicitário chegou até aos nossos dias: 'A fama do Constantino já vem de longe'. Com a morte de Constantino, foi o seu filho Fernando de Almeida quem se manteve à frente da Quinta, continuando a produção de vinho do Porto de alta qualidade. Anos mais tarde, em 1981, a sua filha Leonor, e o marido Jorge Roquette, assumem a gestão da propriedade e com a ajuda dos filhos Tomás e Miguel empreendem uma autêntica revolução. Aumentam a área de vinha, compram outras propriedades e lançam-se na produção de vinhos Douro DOC. Hoje, com mais de um milhão e duzentas mil garrafas anuais no mercado, a Quinta do Crasto tem um variado leque de vinhos que não resistimos a provar. O Crasto Superior de 2013, feito com Viosinho e Verdelho, foi o primeiro branco a ser produzido e já conquistou os mercados com a sua intensidade aromática e uma fresca mineralidade. O seu sucesso foi tão grande que já se estão a expandir vinhas aos 500 metros de altitude de forma a garantir mais uvas para este branco de grande elegância.
Nos tintos, onde também encontramos o Crasto Superior de 2013, subimos uns patamares e passámos para o Reserva Vinhas Velhas 2012, um clássico com grande estrutura na boca e que termina com grande persistência. O Quinta do Crasto Tinta Roriz e o Touriga Nacional, ambos de 2012, surpreendem pela sua elegância e cativantes aromas, mas a prova ficaria incompleta sem o Quinta do Crasto Vinha da Ponte, um topo de gama feito também com uvas provenientes de vinhas velhas e que está ao nível do mítico Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa e cuja última colheita remonta a 2011.
Enfim, a não perder visita à Quinta do Crasto e aos seus vinhos de grande qualidade, tudo no meio de uma paisagem idílica.
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