O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) promove hoje uma vigília junto à residência do primeiro-ministro, em Lisboa, para exigir progressões nas carreiras, horário de trabalho e subsídio de turno.
A vigília vai decorrer entre as 11h00 e as 13h30 e é a quarta concentração que os guardas prisionais organizam desde março no âmbito dos protestos que estão a realizar para exigir a aplicação do estatuto profissional aprovado há mais de um ano, mas que ainda não foi aplicado.
O presidente do SNCGP, Jorge Alves, disse à agência Lusa que guardas prisionais exigem a regulamentação do horário de trabalho, progressões nas carreiras, aprovação dos novos níveis remuneratórios e pagamento do subsídio de turno para quem faz noites.
Além da vigília, os guardas prisionais vão também realizar, entre quarta-feira e sexta-feira, uma greve às diligências, que vai afetar as saídas ao exterior.
Jorge Alves justificou os protestos com a falta de resposta do Ministério da Justiça, tendo o secretário de Estado prometido, numa reunião no início de maio, uma solução a curto prazo, mas até agora não a concretizou.
O sindicalista disse ainda que o SNCGP vai realizar uma outra vigília em junho, junto à Presidência do Conselho de Ministros.
Em declarações à agência Lusa, a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, afirmou que as greves dos guardas prisionais "são sistemáticas" e não encontra razões para estas paralisações.
"Não entendemos que haja razão, nem que haja algo de substantivo nelas, porque objetivamente tem-se reforçado os meios do sistema prisional", disse, adiantando que o Ministério da Justiça tem "feito tudo, desde aprovar o estatuto da guarda prisional até conseguir que se aprovasse o procedimento de ingresso de 400 guardas prisionais, o que neste momento não é fácil".
Lusa/SOL