O adolescente inglês Tom Wagg, de apenas 15 anos, fazia parte de um grupo em visita à Universidade de Keele e pôde utilizar os telescópios do estabelecimento. Na verdade, a visita não era de um só dia, era uma sessão de trabalho com estudantes de ciências do secundário. Wagg acabou por descobrir um novo exoplaneta – planeta que está fora do sistema solar – situado a mil anos-luz da Terra, mas ainda na nossa galáxia, a Via Láctea.
O planeta faz parte de um conjunto conhecido como ‘Júpiteres quentes’, ou seja, planetas semelhantes a Júpiter na dimensão, mas que orbitam mais próximos da sua estrela, mais do que a Terra em relação ao Sol. Wagg identificou-o não por observação directa, mas como fazem os astrónomos, amadores e profissionais, sempre que andam à ‘caça’ de exoplanetas: através da medição do trânsito deles em relação à estrela do seu sistema. Estes planetas foram descobertos em meados dos anos 90 por uma equipa europeia liderada por Michel Mayor – e de que faziam parte portugueses – e por uma equipa norte-americana. Desde então já foram observados e identificados milhares deles.