"As últimas propostas da Grécia são as primeiras realistas desde há várias semanas mas ainda precisam do aval das instituições e de ser trabalhadas", disse Tusk, à entrada para a cimeira de emergência da zona euro, em Bruxelas.
"O mais importante é que os líderes assumam total responsabilidade e evitem o pior cenário: um 'Grexidente' incontrolável e caótico", salientou, aludindo ao perigo de saída da Grécia da zona euro, que foi minimizado após o Eurogrupo extraordinário de hoje ter concluído que as novas propostas apresentadas por Atenas são uma boa base de trabalho e que pode haver um acordo ainda esta semana.
Há cinco meses que se arrasta o processo de negociações entre Atenas e os credores quanto às reformas a adoptar pelo país
O presidente do Conselho Europeu adiantou ainda que convocou a cimeira de emergência de hoje por ter a responsabilidade de garantir que é feito "todo o possível para resolver este problema", ao mesmo tempo que são respeitados "todos os contribuintes de todos os países".
Há cinco meses que se arrasta o processo de negociações entre Atenas e os credores quanto às reformas a adoptar pelo país, sem as quais os parceiros europeus e os credores não libertam a última parcela do programa de resgate, de 7,2 mil milhões de euros.
Se não receber esse dinheiro, ou pelo menos parte dele, a Grécia – que está a poucos dias de ter de pagar os 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional, a 30 de Junho, – ficaria muito próxima do 'default' (incumprimento) e aumentaria o risco de uma saída da zona euro (o denominado 'Grexit').
Lusa/SOL