"Estão a ser desenvolvidos todos os esforços para que seja possível realizar a abertura à exploração até ao final deste ano", confirmou à Lusa a assessoria de imprensa do metro, esclarecendo que a empreitada no troço Amadora Este/Reboleira foi adjudicada por 8,795 milhões de euros.
A presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares (PS), congratulou-se com o arranque da obra, que considerou "determinante para a mobilidade na zona norte da Área Metropolitana [de Lisboa] e para os concelhos da Amadora e de Sintra".
Segundo a assessoria do metro, a empreitada contempla diversas especialidades, principalmente "de construção civil, baixa-tensão, telecomunicações, via-férrea, eletromecânica e arranjos exteriores à superfície, na zona adjacente à estação, na Rua das Indústrias e no Parque Armando Romão".
Na primeira fase foram investidos cerca de 45 milhões de euros no túnel com 579,2 metros, desde Amadora Este, e na estação e zona terminal da Reboleira, mas os trabalhos foram suspensos devido a problemas de financiamento.
No estudo de impacte ambiental do prolongamento do metro à Reboleira, de 2007, previa-se a abertura à exploração em agosto de 2010, mas a suspensão da obra adiou a entrada ao serviço "para dezembro de 2015", não existindo ainda garantias de que o projeto seja comparticipado por fundos comunitários.
A transportadora salienta que o prolongamento se insere "na estratégia de reforço da intermodalidade com a ferrovia e assegurará a ligação da Linha Azul com a linha de comboios de Sintra".
O estudo de viabilidade económica do empreendimento prevê que, com o rebatimento da linha ferroviária de Sintra, "a procura gerada pela futura estação da Reboleira seja de cerca de quatro milhões de passageiros/ano".
A autarca da Amadora revelou que a câmara vai aprovar em julho o concurso para intervir na Avenida D. Carlos I, "com um investimento de 600 mil euros, para a requalificação entre o [Bingo do] Estrela da Amadora e a estação da Damaia".
"Havendo este investimento da ligação do metro à ferrovia, também investimos para trazer mais segurança ao espaço público, para que as pessoas se sintam mais motivadas a usar o transporte público", frisou Carla Tavares.
A presidente da autarquia explicou que a intervenção na D. Carlos I "vai aumentar o estacionamento, reforçar a iluminação pública, criar zonas de estadia e fazer a ligação da pista de caminhada da Reboleira" ao centro da cidade.
"Esta zona vai ter quase mil lugares de estacionamento", contabilizou o vereador da Mobilidade e Obras Municipais¸ Gabriel Oliveira (PS).
O projeto municipal quer potenciar os 600 lugares do parque de estacionamento da Infraestruturas de Portugal (ex-Refer), os 200 lugares junto ao Bingo, os 100 lugares junto ao interface da Reboleira, os 50 lugares na D. Carlos I e outros nas pracetas envolventes.
A ligação do metro aos comboios será coberta e, junto ao interface, serão criados dez terminais para autocarros, e mais quatro nas proximidades, adiantou o vereador.
O projeto viário foi reformulado para três vias, devido a constrangimentos com prédios na Damaia, mas o acesso à nova estação intermodal será facilitado para autocarros e automóveis.
A linha azul do metropolitano passará a ter uma extensão de 13,7 quilómetros, com 18 estações entre a Reboleira e Santa Apolónia (Lisboa).
Lusa/SOL