Em carta enviada à dinamarquesa Margrethe Vestager, o advogado Jean-Louis Dupont, conselheiro das ligas ibéricas neste processo, diz que espera uma "resposta inequívoca e rápida" da comissária europeia, atendendo à "gravidade do assunto".
"Os meus clientes pedem-lhe uma reação urgente, a fim de remediar [na medida do possível] esta situação terrível, que afeta seriamente a confiança que os cidadãos e as empresas europeus depositam nas instituições da União Europeia", indica a missiva.
Dupont continua sem identificar o funcionário, que já tinha acusado de ter frequentado um mestrado em gestão de futebol europeu patrocinado pela UEFA, tendo abordado na sua tese a "compatibilidade de uma possível proibição de detenção de um passe de um jogador por uma terceira parte (Third Party Ownership, ou TPO) com a lei da União Europeia".
Dupont citou a tese do funcionário da CE, na qual escreveu que "o destino da tese deveria ser de assistência (…) a oficiais da União Europeia que fossem eventualmente confrontados com queixas ou questões caso a proibição proposta fosse posta em prática".
O advogado considerou "absolutamente incompreensível" que não apenas o funcionário em causa, mas também os seus superiores hierárquicos "tenham decido ocultar esta situação clara de conflito de interesses", que "afeta a legalidade dos procedimentos".
Em fevereiro, as ligas ibéricas e o fundo de investimento Doyen Sports apresentaram uma queixa na Comissão Europeia contra a decisão da FIFA de proibir a repartição da propriedade de futebolistas com terceiros, nomeadamente fundos de investimento.
Lusa/SOL