‘Destino’ de Atenas é ficar na zona euro, diz o ministro francês

“O destino” da Grécia é ficar na zona euro, de onde “nenhum país membro desejou que saísse”, afirmou hoje em Bruxelas o ministro das Finanças de França, Michel Sapin. 

Está fora de questão hoje que "a Grécia deixe de pertencer à zona euro", insistiu o ministro, mesmo que não tenha excluído a possibilidade de uma saída "como consequência" do referendo que o Governo grego quer realizar a 05 de julho sobre o plano de resgate proposto pelos credores. 

Sapin afirmou que Paris está disponível para retomar o diálogo com Atenas a qualquer momento, sempre que o objetivo seja alcançar um acordo global e duradouro. 

"A França está disponível nas próximas horas, nos próximos dias, antes de 30 de junho ou depois para que o diálogo seja retomado com base nas propostas para que haja um acordo global e duradouro", disse Sapin. 

"O que se passou hoje não é a saída da Grécia do euro, é o que o Governo grego desejou, é legítimo", sublinhou Sapin, acrescentando que Atenas "tem que respeitar os princípios de bom funcionamento da zona euro e os seus compromissos". 

O Eurogrupo rejeitou estender o atual plano de resgate à Grécia, que termina na próxima terça-feira.

Os ministros das Finanças da zona euro estão reunidos em Bruxelas, em mais uma reunião extraordinária sobre a Grécia.

O Eurogrupo foi surpreendido na sexta-feira à noite com o anúncio, pelo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, da realização de um referendo a 05 de julho, para que o povo grego decida se aceita, ou não, o acordo proposto pelos credores – Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE). 

O pedido da Grécia para estender o programa tinha como objetivo dar tempo de haver uma decisão do povo grego. 

Além de terminar o programa de resgate, na próxima terça-feira expira ainda o prazo para a Grécia reembolsar quase 1.600 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Lusa/SOL