Em comunicado, a SPO informou que estas cirurgias são "um procedimento estético que começa a ganhar popularidade um pouco por todo o mundo", mas que ainda não estão aprovadas em Portugal.
"Nestes procedimentos de caráter meramente estético, a aplicação repetida de laser na íris ou a colocação intraocular de um implante entre a íris e a córnea pretendem transformar olhos castanhos em olhos azuis", lê-se no comunicado da SPO.
Esta organização referiu que "os implantes de íris alteram a cor dos olhos através da colocação de um objeto estranho dentro do olho".
"Estes implantes não estão aprovados pelo Infarmed para uso intraocular, pelo que a sua utilização é proibida no nosso país".
O recurso a estas cirurgias levou já a Academia Brasileira de Oftalmologia (ABO), a Academia Americana de Oftalmologia (AAO) e a Associação Pan-Americana de Oftalmologia (PAAO) a emitirem alertas, no sentido de "informar a população sobre os potenciais riscos associados a estas cirurgias".
Para a presidente da SPO, Maria João Quadrado, "estas cirurgias podem levar a consequências graves para a visão, inclusive à cegueira".
"Apesar de não estarem aprovados no nosso país, a sua realização além-fronteiras tem-se verificado de forma crescente", adiantou.
Neste comunicado, a SPO refere que "a redução irreversível da visão, pressão intraocular aumentada, glaucoma, catarata, lesão corneana, uveítes e inflamação intraocular são alguns dos riscos associados a estas cirurgias. A lesão da córnea pode levar à necessidade da realização dum transplante de córnea".
Lusa/SOL