A profissão de árbitro é reconhecida em Portugal desde 2010, mas aguarda desde esse ano por regulamentação que a enquadre juridicamente – a título de exemplo, os juízes continuam a passar recibos verdes como prestadores de serviços. Mas também a Federação Portuguesa de Futebol se esqueceu de minimizar os riscos quando passou a exigir disponibilidade total a alguns árbitros a troco de um salário mensal.
“Devia haver um mecanismo de protecção para casos como o do Marco Ferreira, que desse aos árbitros um ou dois anos para tentarem regressar à primeira categoria sem perda total do salário durante esse período”, sugere José Gomes, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF).
Na situação actual, diz o líder da classe, “é um perigo ser árbitro profissional”, devido ao “alto risco” de cair no desemprego. “Um futebolista que tem uma época má vai para a 2.ª Liga ganhar menos, mas um árbitro fica sem nada”, remata.