“Aquelas pessoas 'destruíram' o cérebro do meu filho com ideias e pensamentos terríveis. Quebraram-no”, afirmou Abdul-Hakeem Rezgui, que esteve detido durante dois dias.
O tunisino falou com o Telegraph quando regressou a casa e garante não ter tido conhecimento do que o filho, de 23 anos, estava a planear.
“As pessoas estão constantemente a pedir-me informações, eu não sei de nada”.
Abdul-Hakeem explica que no dia do ataque, na passada sexta-feira, regressou a casa do trabalho por volta das 11h30 e foi dormir, uma vez que está a jejuar devido ao Ramadão. A polícia chegou à sua habitação por volta das 16h e disse-lhe que tinha de ir com eles à esquadra. Quando perguntou porquê, questionaram-no: ‘Não tem visto as notícias?’. O homem garante que só nessa altura soube do que tinha acontecido.
O tunisino acrescentou que o filho era um estudante universitário e bom aluno. Também um dos seus colegas afirmou que Seifeddine era um excelente aluno de engenharia, mas que algo mudou. Começou a passar cada vez mais tempo com um grupo extremista, até que deixou a universidade.
Este domingo também surgiu um vídeo, publicado há cinco anos no YouTube, onde se vê o jovem a dançar. O jornal britânico refere que Seifeddine adorava música, que gostava muito de dançar. Na sua página de Facebook, há também várias referências à sua equipa de futebol favorita, Real Madrid e ao Estado Islâmico.