Governo disponibiliza 3,5 milhões para formação de 1400 desempregados

O Governo vai disponibilizar 3,5 milhões de euros para formação profissional, na área das tecnologias de informação, que será ministrada a 1.400 desempregados com educação superior, com o objetivo de acelerar a sua reentrada no mercado de trabalho.

Os ministérios da Solidariedade, Emprego e Segurança Social e da Educação e Ciência e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) assinaram hoje, em Lisboa, um protocolo de colaboração com 26 instituições de ensino superior públicas e privadas, às quais caberá ministrar 57 ações de formação para 1.400 desempregados, com habilitações de nível superior.

As ações, que se inserem no âmbito do programa Vida Ativa, preveem entre 200 a 300 horas de formação, assim como uma formação prática em contexto de trabalho com uma duração entre os três e os seis meses, e dirigem-se a pessoas inscritas nos centros de emprego e formação profissional.

"Há uma procura nesta área de empregos qualificados. O que nós queremos é que os desempregados com uma formação superior numa área que não tem muita empregabilidade possam fazer essa requalificação. […] Reservámos, no nosso orçamento, 3,5 milhões de euros para podermos fazer esta formação. […] Este projeto para nós é muito importante, porque sabemos que vamos efetivamente resgatar 1.400 portugueses que terão muito mais facilidade em entrar no mercado de trabalho numa área em que é fundamental continuar a apostar", disse aos jornalistas o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares.

O governante destacou que o essencial deste projeto é "a formação ser dada nas universidades e politécnicos" e encara a medida como "um estímulo" para um regresso mais rápido ao mercado de trabalho, numa área que considerou "estratégica".

Pelo lado do Ministério da Educação e Ciência, o ministro Nuno Crato declarou que está a ser dada "grande atenção à empregabilidade dos jovens" e sublinhou a "disponibilidade dos politécnicos e universidades" para darem esta formação em colaboração com o IEFP.

"É uma colaboração importante que o IEFP está a estabelecer com estas instituições valorizando o papel que o ensino superior pode ter nesta requalificação. Eu diria que o IEFP foi buscar os parceiros certos", afirmou Nuno Crato.

Lusa/SOL