Numa entrevista ao jornal alemão 'Bild', Wolfgang Schäuble disse que essas conversações terão de acontecer "numa base totalmente nova e debaixo de condições económicas ainda mais difíceis".
"Vai demorar algum tempo", disse.
Ao início da tarde, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou que deseja "um corte de 30% da dívida" da Grécia e um período de carência de 20 anos para assegurar "a viabilidade" da mesma.
Tsipras também reiterou que o 'não' no referendo do próximo domingo "não é um 'não' à Europa", mas "à chantagem" para aceitar um acordo que não contenha uma solução sustentada para a dívida da Grécia.
O responsável grego fez estas declarações numa mensagem transmitida por um canal de televisão, na reta final da breve campanha para a consulta popular de domingo.
Também hoje, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, assegurou que um acordo com os credores está "mesmo à mão" e que as negociações com as instituições europeias têm estado a desenrolar-se, apesar da anunciada suspensão das mesmas.
Os gregos deverão pronunciar-se no domingo sobre a última versão de uma proposta de acordo dos credores da Grécia, que prevê uma série de reformas e de medidas orçamentais em troca da continuação do apoio financeiro ao país.
Lusa/SOL