“O programa expirou, não há negociações em curso. Se os gregos votarem 'não', terão feito tudo menos fortalecer a posição negocial grega. A posição negocial grega será dramaticamente enfraquecida com um voto no 'não'”, declarou, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro luxemburguês, Xavier Bettel, no Luxemburgo.
Juncker acrescentou que, mesmo que vença o 'sim' (à proposta apresentada pelas instituições ao Governo grego), seguir-se-ão “negociações muito difíceis”.
Mas “se os gregos votarem não, então a posição grega é dramaticamente enfraquecida”, disse repetidamente ao longo da conferência de imprensa, quando confrontado com as recentes declarações do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, segundo o qual “quanto maior for a expressão do ‘não’ no referendo, maior será a posição do Governo quando as negociações forem retomadas”.
Também Bettel, chefe de governo do Luxemburgo, que assume, desde a passada quarta-feira, e até final do ano, a presidência semestral rotativa da União Europeia, disse que “um 'sim' levará a negociações que não são fáceis, mas um 'não' levará a negociações ainda mais difíceis”.
Apontando que o resultado do referendo do próximo domingo “terá consequências”, Bettel defendeu que o que está em causa não é um voto a favor ou contra o Governo grego liderado por Tsipras.
“Aqui a questão é a posição da Grécia na Europa, a posição da Grécia no euro, o futuro do euro e o futuro da Europa”, declarou, acrescentando que a consulta terá naturalmente consequências pois a vontade do povo grego será respeitada.
Lusa / SOL