Varoufakis. Euro e democracia têm de ser compatíveis

O ministro das Finanças grego transmitiu hoje uma mensagem europeísta ao afirmar que o referendo pode demonstrar que “a moeda única e a democracia são compatíveis entre si”.

"Durante cinco anos os fracassos incríveis do Eurogrupo conduziram a ultimatos sem qualquer sentido acerca dos quais o povo não podia pronunciar-se. Hoje, o povo pronuncia-se sobre o último ultimato do Eurogrupo e seus associados", disse Yanis Varoufakis, depois de votar, em Atenas.

O ministro, que foi votar na companhia do seu pai, classificou a tarefa de hoje dos gregos como "um momento sagrado, um momento de esperança para a Europa", no qual se demonstra que "a moeda única e a democracia podem coexistir".

Nos últimos dias, Yanis Varoufakis deixou claro repetidamente que, se não vencer o 'Não' no referendo, se demite imediatamente.

Cerca de 10 milhões de gregos são hoje chamados a pronunciarem-se em referendo com 'Sim' se aceitarem a proposta formulada no dia 25 pelas instituições – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional – ou 'Não' se a recusarem.

As mais de 19 mil assembleias de voto abriram às 07:00 (05:00 em Lisboa) e fecham às 19:00 (17:00 em Lisboa), antecipando-se uma longa noite para os líderes europeus e para os principais atores financeiros.

É exigida uma participação de pelo menos 40% do eleitorado para que o resultado do referendo seja considerado válido.

Os primeiros resultados devem ser conhecidos a partir das 19:00 (hora em Lisboa).

Lusa / SOL