O Dalai Lama, convidado de honra de uma 'cimeira mundial da compaixão', discursou perante 18.000 pessoas, afirmando que toda a gente tem a capacidade de sentir compaixão, incluindo os extremistas violentos.
"Vimos todos da nossa mãe. Todos temos uma experiência profunda, todos compreendemos a reação maternal. Alguns, incluindo aqueles a quem chamamos terroristas (…) têm também a capacidade de sentir compaixão", declarou.
"Certas pessoas que exploram o ódio… Se exprimirmos uma mensagem de amor, uma mensagem de compaixão para com essas pessoas… elas vão perceber que a paz é a única maneira de a humanidade sobreviver", disse o Dalai Lama.
Este encontro é "uma feliz oportunidade para as pessoas se juntarem e celebrarem a vida e as obras de Sua Santidade", disse Tenzin Dhonden, fundador da associação "Amigos do Dalai Lama".
Os bilhetes para as festividades em Anaheim foram vendidos por valores entre os 35 e os 180 dólares (entre 31 e 163 euros). As festividades prosseguem em Irvine, onde os bilhetes chegam aos 93 dólares (84 euros).
O líder espiritual já celebrou uma vez o seu aniversário na Índia, há duas semanas: nasceu a 06 de julho mas o seu aniversário oficial, baseado no calendário lunar tibetano, calhou a 21 de junho.
O Dalai Lama, galardoado em 1989 com o Prémio Nobel da Paz, vive exilado na Índia, na sequência de uma frustrada rebelião contra a administração chinesa, há 56 anos.
Situada na cordilheira dos Himalaias, a atual Região Autónoma do Tibete, com apenas três milhões de habitantes, ocupa uma área cerca de 14 vezes maior que Portugal.
A China considera que a região é, desde há séculos, parte do seu território, enquanto os locais argumentam que o Tibete foi durante muito tempo virtualmente independente, até à sua ocupação pelas tropas chinesas em 1951.
Lusa/SOL