Conduziu a Selecção Sub-21 de Portugal à final do Europeu e colocou-a entre as quatro selecções europeias já apuradas para os Jogos Olímpicos de 2016. E dá gosto ver jogar esta equipa de Portugal, com a classe indiscutível de William Carvalho (um patrão do meio-campo a fazer lembrar Coluna), o virtuosismo técnico de Bernardo Silva ou a segurança dos quase intransponíveis Paulo Oliveira e José Sá, entre outros talentos como João Mário, Sérgio Oliveira e Ricardo Pereira – que auguram um bom futuro à Selecção que irá suceder à de Cristiano Ronaldo. A final com a Suécia, perdida nos penáltis, foi o jogo mais fraco e menos inspirado, talvez por a equipa lá ter chegado já no limite do desgaste físico. Mas Portugal deixou uma excelente imagem ao mundo do futebol.

Cavaco Silva
Teve a frase-choque da semana, ao clarificar que, mesmo que a Grécia saísse da Zona Euro, lá continuariam 18 países. A esquerda e algumas cabeças bem pensantes ficaram de cabelos em pé e consideraram que o Presidente estava a menosprezar a Grécia. Mas, num momento de crise e incerteza, a responsabilidade dos dirigentes dos outros 18 países do euro é tranquilizar os seus cidadãos quanto à continuidade da moeda única, com ou sem Grécia (mesmo que isso afecte pontualmente a sua estabilidade e cotação). O PR cumpriu o seu dever. E bem. Mas, como 'bater no Cavaco' está na moda, caiu-lhe meio mundo em cima. Haja paciência.

& SOMBRA

António Costa
A conjugação astral é-lhe cada vez mais desfavorável: as imagens das filas nos multibancos da Grécia só reforçam os créditos da coligação PSD/CDS, metade do PS defende o 'não' no referendo e outra metade apoia o 'sim', Sócrates não se cala na prisão e continua a contaminar negativamente o papel do PS. E, agora, até já a candidatura de Sampaio da Nóvoa causa turbulência interna e pode ser descartada. Há alguma coisa que ainda lhe corra bem?

Catarina Martins
A líder do Bloco de Esquerda vai aumentando o grau dos disparates que diz à medida que se torna evidente a irresponsabilidade do Governo de Tsipras e o beco sem saída a que conduziu os gregos. Clamar, como faz a líder do BE, que 'não há lugar para a democracia na Europa' ou que a saída da Grécia significa 'o fim da moeda única' está já ao nível do delírio político.