Poderia pensar agora que se tratava de um carro especialmente preparado para uma aventura destas, com formas mais aerodinâmicas e mais leve que o normal. Na verdade, tratou-se de um carro que podia estar à venda nos concessionários – inclusivamente em Portugal – um Golf 2.0 TDI com 150 cavalos de potência e caixa manual de seis velocidades. Foi conduzido pelo jornalista Wayne Gerdes e pelo engenheiro electrónico Bob Winger.
O que os dois fizeram, seguramente, foi preparar minuciosamente o trajecto de 8.233,5 milhas para conseguirem atravessar os 48 estados na menor distância possível, mas sem passar por zonas de maior altitude, o que iria prejudicar os consumos. Percorreram quase 830 quilómetros por dia. De ‘fora’ do caminho ficaram só o Havai e o Alasca, por serem estados afastados dos restantes 48. O arranque e o início da viagem foi em Herndon, na Virgínia, perto de Washington.
A média de consumo conseguida foi de 81,17 milhas por galão (padrão americano), o que para os parâmetros europeus pode ser convertido para 2,9 litros por cada 100 quilómetros. Essa marca superou o que Wayne Gerdes já tinha conseguido em 2013, com um Volkswagen Passat. Na altura, Gerdes fez o trajecto com uma média de 3,02 litros por 100 quilómetros.
O feito da Volkswagen, com o objectivo de figurar nos recordes Guinness, acabou por ter um gosto especial. O recorde ficou muito abaixo da melhor média de consumos num carro híbrido – alegadamente mais eficiente – a fazer o percurso dos 48 estados, que segundo a marca alemã está em 3,16 litros.
Em comunicado, a Volkswagen destaca que Wayne Gerdes – considerado uma espécie de ‘fundista’ dos automóveis – já bateu recordes de distância e baixo consumo a conduzir mais de 100 veículos.