Fonte oficial da marca japonesa em Portugal confirmou que este "é o quinto 'recall' feito pela Honda após a descoberta do defeito do fornecedor de 'airbags' Takata", acrescentando que este tipo de ações "deve ser valorizado porque demonstra a preocupação da marca para com os seus clientes".
Para a mesma fonte esta chamada às oficinas "é apenas uma medida de prevenção" e que vai afetar cerca de 140 mil veículos em toda a Europa.
A decisão eleva para 24,5 milhões o total de veículos que a empresa já chamou à revisão, depois de os 'airbags' defeituosos terem estado ligados à morte de oito pessoas, principalmente nos Estados Unidos.
O defeito pode levar o mecanismo de 'airbag' a explodir, projetando estilhaços metálicos na direção do condutor e do passageiro.
"Tal como outros fabricantes, estamos a investigar os veículos no mercado relacionados com esta questão e descobrimos que alguns 'airbags' têm uma densidade de gás desequilibrada, que receamos que possa causar dano", afirmou o porta-voz do grupo Honda à AFP.
"É uma medida preventiva e, ao contrário de outras chamadas às oficinas, não vamos aguardar pelos resultados finais da investigação", acrescentou.
Segundo a AFP, a mais recente vítima confirmada foi uma mulher em Los Angeles, que morreu no ano passado após o 'airbag' com defeito num Honda Civic de 2001 ter rebentado, disparando fragmentos de metal para a condutora.
Em junho, a Honda reviu em baixo os seus lucros anuais em 14%, apontando como principal problema as chamadas às oficinas em todo o mundo devido aos 'airbags' defeituosos do fornecedor japonês Takata.
Os seus maiores rivais no Japão, a Toyota e a Nissan, também anunciaram no mês passado a chamada às oficinas de vários modelos a nível global.
A Takata tem estado sob fogo por causa desta crise, uma vez que enfrenta ações judiciais e os reguladores acusam a empresa japonesa de saber do problema e ter escondido os perigos.
Kevin Kennedy, vice-presidente executivo da Takata nos Estados Unidos, disse recentemente às autoridades que a empresa – uma dos maiores fornecedores de 'airbags' em todo o mundo – ainda está a investigar a principal causa das explosões mortais.
Cerca de dez construtores mundiais, incluindo a General Motors e BMW, estão também a chamar cerca de 34 milhões de carros às oficinas nos Estados Unidos para substituir os 'airbags'.
Lusa/SOL