O desenho do cartoonista, publicado no jornal Diário de Notícias a 10 de agosto de 2014, retrata a forma como o vírus é visto pela Comunicação Social fora de África.
O juri justificou o prémio referindo que o desenho de André Carrilho "não expõe apenas o problema de uma doença devastadora, mas sobretudo denuncia a dualidade de critérios da imprensa europeia e norte-americana perante a origem das vítimas".
Na altura, o cartoon do português foi analisado e comentado em vários jornais e partilhado nas redes sociais.
O vírus ébola e o Mundial de futebol no Brasil foram os grandes temas de destaque desta edição do World Press Cartoon, que em 2013 abandonou Sintra passando agora a realizar-se em Cascais, com um Grande Prémio estabelecido de 10 mil euros.
Na categoria de "Caricatura", o vencedor foi o brasileiro Cau Gomez por um retrato caricaturado do futebolista Messi e o Papa Francisco, enquanto o segundo prémio coube a Dalcio (Brasil) que retratou o músico David Bowie, e o terceiro prémio foi para Riber (Francês).
No "Desenho de Humor", o primeiro prémio foi atribuído ao grego Michael Kountouris, vencedor do Grande Prémio da edição de 2013, numa caricatura sem título, mas que tem dois homens a segurar dois cartazes com peixes de diferentes tamanhos.
Na categoria "Editorial", que deu a vitória ao português André Carrilho, no segundo lugar ficou o búlgaro Tchavdar e, em terceiro, o ucraniano Cost.
O júri que selecionou as obras integrou António Antunes (Portugal), Agim Sulaj (Albania), Xaquin Marin Formoso (Espanha), Firoozeh Mozaffari (Irão) e Augusto Cid (Portugal).
Lusa/SOL