A explicação foi dada por Jeroen Dijsselbloem, na conferência de imprensa que marcou o fim da cimeira de emergência da zona euro, que durou 19 horas, tendo ainda acrescentado que este fundo ficará sediado em Atenas, em vez da proposta inicial do Luxemburgo.
O presidente do Eurogrupo disse que um dos assuntos que mais consumirão energias num terceiro programa será o sistema bancário grego, que está numa situação muito difícil, sendo estimada em 25 mil milhões de euros a injeção de dinheiro que terá de ser feita nos bancos.
Esse valor de 25 mil milhões de euros que irá recapitalizar os bancos será depois pago a partir do fundo hoje acordado.
O fundo de privatizações reclamado pelos credores a Atenas foi um dos pontos que provocou mais divergências entre a Grécia e os parceiros europeus na reunião que durou desde as 16h00 locais de domingo até perto das 09h00 da manhã de hoje (15h00 e 08h00 de Lisboa).
Além de recapitalizar os bancos, Dijsselbloem disse que parte do dinheiro do fundo (que monetiza ativos gregos) também poderá ser usado pelo Governo para investir na economia do país.
Depois do acordo hoje alcançado sobre um terceiro programa de ajuda à Grécia, o processo está agora do lado grego, uma vez que cabe ao Executivo liderado por Alexis Tsipras legislar sobre os assuntos acordados e levar ao parlamento para aprovar.
Os parceiros europeus querem que até quarta-feira sejam aprovadas no parlamento grego medidas como aumento do IVA, reforma do sistema de pensões ou legislação laboral.
Depois disso, provavelmente ainda esta semana, os parlamentos de Alemanha, Holanda, Finlândia, Áustria, Eslováquia, Estónia ainda terão de aprovar a abertura formal de negociações para um terceiro resgate.
Lusa/SOL