João Soares

Foi ele quem leu o poema de Mário Soares escrito, na cadeia do Aljube, para Maria Barroso, na cerimónia de despedida da ex-primeira dama. Foi ele quem testemunhou, no Parlamento, a rara unanimidade das bancadas no voto de pesar por Maria Barroso. Acabou por ser ele o depositário do reconhecimento dos portugueses, do respeito, da admiração e do carinho que tinham pela sua mãe, uma mulher doce, de sólidos valores e de serena coragem. Uma mulher que soube sempre, até aos 90 anos, afirmar a sua voz, a sua individualidade e demonstrar que tinha luz própria mesmo à sombra de uma figura como Mário Soares.

Marco Silva

Após a atribulada rescisão do contrato com o Sporting tinha à sua espera o lugar de treinador do campeão grego, o Olympiacos. Assim certificando a qualidade do trabalho que liderou em Alvalade e no Estoril. Mas a aposta grega tem riscos: o Olympiacos foi campeão em 17 dos últimos 19 anos (o que lhe deixa pouca margem para errar) e o seu peculiar presidente tem o hábito de despedir treinadores a qualquer pretexto, mesmo que estejam a vencer (Leonardo Jardim e Vítor Pereira tiveram por lá breves passagens em 2012 e 2015). Veremos se – e quanto tempo – resiste.
 
Sombra:
 
Sampaio da Nóvoa

Se a sua candidatura a Belém já não parecia progredir, quer em notoriedade quer em mobilização de apoiantes, este passo atrás do PS – admitindo agora, pela voz de Carlos César, não vir a apoiar nenhum candidato presidencial – não ajuda nada. Antes pelo contrário, só enfraquece a sua posição na corrida a Belém. E a pausa de Verão também não vai contribuir para a sua urgente necessidade de afirmação política. A vida não está fácil.

Humberto Pedrosa

Afinal, os contratos agora revelados entre ele e o norte-americano Neeleman, no consórcio que formaram para a aquisição da TAP, vêm confirmar todas as suspeitas. Designadamente, a de que será apenas o accionista maioritário em teoria, pois quem manda, como é regra, é quem põe o dinheiro e embolsa os lucros – ou seja, Neeleman. Veremos o que Bruxelas tem a dizer.