Testemunhas relatam momentos de pânico durante o atropelamento na Praia da Rocha

Foram momentos de muita confusão e terror os vividos na madrugada de ontem na praia da Rocha, em Portimão, quando um condutor acelerou sobre uma multidão que estava naquela zona de diversão nocturna a descontrair. Ao Correio da Manhã, testemunhas descreveram o episódio, relatando ter havido muitos gritos, pânico, correria e pessoas estendidas no chão.

O incidente aconteceu na avenida Tomás Cabreira, uma artéria condicionada à circulação automóvel. Quando Alberto Afonso, o homem que seguia ao volante e que agora está detido, chegou ao início da rua foi abordado por um agente da PSP. A sua reacção foi acelerar a fundo na direcção das pessoas que ali se juntavam por volta das 4h00.

O homem quase que atropelou um agente do corpo de intervenção da polícia que tentou detê-lo à frente do carro, mas que acabou por ser forçado a saltar para o lado.

“Ouviam-se gritos e viam-se pessoas pelo ar, a voarem e a serem arrastadas pelo carro", disse ao CM Carlos Lopes, que ali estava para ir buscar a filha. Ninguém conseguiu fazer nada para travar o homem de 25 anos, que seguia com excesso de álcool e sem carta de condução.

Carlos da Silva, outra testemunha conta ao CM o pânico e impotência que viveu ao ver a prima a ser abalroada: "Foi uma tentativa de homicídio. Essa pessoa tem de pagar pelo que fez porque colocou a vida de muita gente em perigo".

O resultado deste incidente foram 13 feridos, 11 homens e duas mulheres, dos 17 aos 32 anos. O homem acabou por ser detido mas já em casa, depois de ter fugido do local do crime.