A idosa escolhia como vítimas outras idosas, com idades compreendidas entre os 78 e 90 anos e tinha uma estratégia singular: através de conversa com as vítimas, conseguia obter informação sobre o nome de algum dos seus familiares e posteriormente utilizava esses dados para lhes fazer crer que o mesmo teria sofrido um acidente grave.
Para credibilizar a história, simulava telefonemas com os supostos familiares das vítimas, médicos ou enfermeiros que os estariam a tratar. Em algumas das situações chegou mesmo a fazer-se passar por funcionária de várias companhias de seguros, pedindo, nessa qualidade, quantias monetárias (entre 300 ou 500 euros) para que o seguro do familiar acidentado fosse accionado.
Com este esquema, a arguida – que acumulou a quantia de 5. 560 euros – deixou algumas das vítimas numa situação de fragilidade e carência económica.
A detida, que sempre fez destas burlas modo de vida, tendo inclusivamente cumprido pena de prisão pela prática de ilícitos desta natureza, foi presente ontem na 1.ª Secção de Instrução Criminal do Tribunal da Comarca de Lisboa, para 1.º interrogatório judicial, tendo-lhe sido decretada a medida de coação mais gravosa – prisão preventiva.
Burlona engana idosas
A PSP deteve anteontem uma mulher, de 65 anos, por ser suspeita da prática de vários crimes de burla qualificada.