Virginia Johnson e William Masters, o par de especialistas na matéria, caminham a bom ritmo pelos anos 60, evocados pela criadora Michelle Ashford. É por esta altura, uma realidade paralela ao universo hippie e flower power da época, que arranca a nova leva de episódios (serão 12 no total), em particular com a triunfante chegada do terceiro volume da sua obra Human Sexual Response, uma revolução na forma como os norte-americanos encaravam a sexualidade.
A apresentação do livro de Gini e Bill assinala o regresso dos mestres, frente a frente com as canetas em riste da imprensa, que reage de forma meio céptica e hostil aos progressos anunciados. Mas as dificuldades maiores poderão começar em casa, onde os espectadores aguardam que o tédio não se intrometa – lentidão no desenrolar dos acontecimentos (e quem sabe uma redução da dose de picante) foi, até ver, um dos pontos fracos apontado a este regresso às aulas.
O sexo nunca arruma a secretária e vai de férias, mas a verdade é que veremos o elenco principal reunido numa casa junto ao lago, em contexto de lazer. Um momento de descanso revelador de que a relação entre os dois peritos vai muito além do vínculo laboral De resto, por lá se passeará também Libby Masters (Caitlin FitzGerald), a senhora Masters, aparentemente imune aos avanços do par, a bem da harmonia familiar.
O episódio de partida debruça-se sobre o seu papel de pais, condicionado em larga medida pela dedicação ao trabalho. É neste ponto que é especialmente convocada Tessa, a filha de Johnson (desempenhada por Isabelle Fuhrman de Os Jogos da Fome), em plena adolescência em 1966, com todas as turbulências que a fase acarreta. E as atenções seguem sobre Henry, Johnny, e Jenny, já que a prole ganha peso no enredo.
Volvidas as teorias sobre o comportamento sexual e o empenho nos estudos, nota dominante das temporadas anteriores (a série estreou-se em 2013), o grande desafio da dupla Virginia e William é agora ajudar casais com dificuldades de relacionamento, tentando resolver os motivos de um eventual afastamento – pausa para uma paragem obrigatório pela cama.