De acordo com a mesma fonte, Joaquim Barroca Rodrigues deslocou-se quinta-feira ao Departamento Central de Investigação e Ação penal (DCIAP) para interrogatório, tendo o juiz dado ordem para a retirada imediata da pulseira eletrónica, mas mantendo-se em prisão domiciliário até ao pagamento de uma caução de 400 mil euros e posterior libertação.
Joaquim Barroca Rodrigues, vice-presidente do Grupo Lena, foi detido a 22 de abril e ficou em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, por existirem fortes indícios da prática dos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção ativa, tendo o Ministério Público alegado que existia, por parte do empresário, perigo de perturbação do inquérito e destruição de prova.
Joaquim Barroca foi a segunda pessoa com ligações ao Grupo Lena a ser detida no âmbito da "Operação Marquês", que investiga fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção, depois da detenção do ex-administrador Carlos Santos Silva, que esteve em prisão preventiva, mas passou para prisão domiciliária em vigilância eletrónica (vulgarmente denominada 'pulseira eletrónica').
Segundo um comunicado do tribunal divulgado após o primeiro interrogatório judicial, além de ficar provisoriamente em prisão preventiva, o arguido ficou também proibido de manter contacto com "qualquer outro membro da administração ou da comissão executiva ou colaboradores das sociedade do grupo Lena", assim como com "qualquer dos outros arguidos já constituídos no inquérito", a saber, "Carlos Santos Silva, João Perna, Gonçalo Trindade Ferreira, José Sócrates, Lalanda de Castro e Inês do Rosário [mulher de Carlos Santos Silva]".
No âmbito da mesma operação, em novembro do ano passado, foi igualmente detido o ex-primeiro-ministro José Sócrates, que está a cumprir a prisão preventiva no estabelecimento prisional de Évora.
Lusa/SOL