A sonda, que passou perto do desconhecido Plutão na semana passada, numa missão que arrancou há quase uma década, continua a enviar informação para a equipa da NASA.
"As nossas expetativas foram mais que superadas. Com gelo solto, uma substância exótica na sua superfície, cordilheiras e uma ampla névoa, Plutão está a mostrar uma diversidade verdadeiramente emocionante de geologia planetária", disse em comunicado John Grunsfeld, um dos diretores adjuntos da NASA.
O "New Horizons" captou imagens que mostram uma névoa de 130 quilómetros por cima da superfície de Plutão, com duas capas bem diferenciadas, uma de 80 quilómetros e outra de cerca de 50 quilómetros.
"As névoas detetadas nesta imagem são um elemento chave da criação dos complexos compostos de hidrocarbonetos que dão à superfície de Plutão um tom avermelhado", acrescentou Michael Summers, um investigador da sonda "New Horizons" na universidade de George Mason, em Fairfaz (Virginia), citado no comunicado.
Alan Stern, o principal investigador da "New Horizons" em Boulder, Colorado, Estados Unidos, descreveu o ambiente de Plutão como "uma atmosfera extraterrestre" de uma "incrível beleza".
Até agora os cientistas estimavam que as temperaturas em Plutão fossem demasiado quentes para que se formassem neblinas a altitudes superiores a 30 quilómetros acima da superfície do planeta-anão.
"Precisamos de novas ideias para averiguar o que esta a ocorrer", disse Summers.
A missão do "New Horizons" também detetou nas imagens provadas de "gelos exóticos" na superfície de Plutão e assinalou uma atividade geológica recente.
Lusa/SOL