Turquia detém 590 pessoas por ligações ao EI e PKK

A polícia turca deteve desde sexta-feira 590 pessoas acusadas de ligações ao grupo jihadista autoproclamado como Estado Islâmico (EI) ou ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), anunciou hoje o primeiro ministro Ahmet Davutoglu.

Em conferência de imprensa, o governante anunciou que as detenções foram feitas no país por estas pessoas representarem um "perigo potencial".

O primeiro-ministro acrescentou ainda que hoje decorreram novos ataques aéreos contra o EI na Síria e os rebeldes do PKK no norte do Iraque.

"Demos instruções para uma terceira ronda de ataques na Síria e no Iraque. As operações aéreas e terrestres estão a decorrer", adiantou Davutoglu, em Ancara.

O ataque, pela primeira vez, a alvos jihadistas na Síria pelas forças turcas decorreu depois de um ataque suicida, atribuído ao grupo EI, que provocou, na segunda-feira, 32 mortos e cem feridos em Suruç, perto da Síria.

A força aérea turca bombardeou na madrugada de sexta-feira para sábado as bases recuadas do PKK nos montes Kandil, localizados no norte do Iraque.

Desde segunda-feira que o PKK tem repetido ataques contra as forças de segurança porque o ataque de Suruç terá visado jovens militantes próximos da causa curda.

Davutoglu afirmou hoje que a Turquia registou 121 ataques armados e 281 "atos terroristas", incluindo 15 sequestros, desde as eleições legislativas de 07 de junho.

Lusa/SOL