Durante sete dias, a barragem de Póvoa e Meadas em Castelo de Vide será o grande palco para todos os que queiram dançar. “As pessoas não vêem, participam”, explica Catarina Serrazina da associação PédeXumbo, promotora do festival. Uma semana de partilha e descoberta onde se privilegia o reviver dos hábitos da dança social.
O Andanças festeja este ano o 20º aniversário com uma oferta de 500 actividades, como oficinas de dança, instalações artísticas, passeios pela região, oficinas de gastronomia, circo, teatro, cinema. Na área da dança, os participantes podem experimentar estilos de diferentes países, como as danças latinas, indianas, africanas ou o sapateado.
‘Dança/música, voluntariado, comunidade e ambiente/sustentabilidade’ são os quatro pilares do Andanças. “Os grandes eventos têm sempre um grande impacto e tentamos que esse impacto seja maioritariamente positivo ao serem implementadas boas práticas sociais e ambientais”, esclarece Catarina Serrazina.
A cantina, com refeições vegetarianas e convencionais, é abastecida por negócios locais para que haja um estímulo à economia da região. “É uma alavanca ao desenvolvimento local”, afirma a promotora.
De maneira a reduzir o consumo dos copos de plástico, os participantes levam as suas próprias canecas e existem açucareiros em vez dos convencionais pacotes de açúcar. Estima-se que no ano passado a redução tenha sido de 13 mil pacotes.
A promoção da dança e da música tradicional é o objectivo da associação PédeXumbo, criada para dar forma ao Andanças. Neste momento sediada em Évora, organiza outros festivais, diversas actividades pelo país e dedica-se à investigação.