A organização cabe ao Rancho Folclórico da Casa do Povo de Barbeita, que desde 1986, data da primeira edição do festival, “comanda as tropas”. No início eram apenas grupos portugueses e espanhóis, sendo que na viragem da década de 80 o panorama mudou. Segundo Boaventura Rodrigues, coordenador do festival, houve que “pensar um pouco mais alto”, o que permitiu que o festival ganhasse os contornos internacionais que o povo minhoto hoje tão bem conhece. “Existem grupos de altíssima qualidade e há todos os anos centenas de inscrições. Somos nós que seleccionamos os grupos, embora a melhor avaliação seja feita pelo público”, refere o coordenador.
Este trabalho não seria possível sem a ajuda dos 120 voluntários que compõem a organização do evento, assim como os apoios prestados pelas autarquias que recebem o festival. A escola E.B 2,3 de Monção é o local escolhido para alojar os grupos, compostos por 35 pessoas em média, e, segundo Boaventura Rodrigues, tem as condições equivalentes a um hotel. “Aqui têm tudo: comida, camas, lençóis…”.
O ‘Mundo a Dançar’ é um festival intemporal que traz à plateia inúmeras gerações, desde crianças de colo aos seus bisavós, e esperam-se 7.000 pessoas por localidade. Mostras de arte popular de alguns países vão ser levadas a lares e centros de dia para que os mais velhos tenham a oportunidade de conhecer um pouco do festival.
Pela sua singularidade, o Folkmonção já foi reconhecido pelo Conselho Internacional das Organizações de Festivais de Folclore e de Artes Tradicionais, pelo Conselho Internacional de Dança e ainda pela Organização Internacional das Artes Populares. Um reconhecimento que traz ao de cima o mérito da organização. “Temos muito orgulho em chegar à 30.ª edição de festival. E já temos a edição do próximo ano fechada! Não é fácil fazer deste evento um dos mais importantes da região apenas com voluntários. É de louvar”.