Após a reunião do Conselho de Política Económica do Governo, o ministro das Finanças, Euclide Tsakalotos, afirmou em declarações aos jornalistas que o calendário para a recapitalização bancária foi acordado.
"Os credores, tal como nós, querem que o processo se realize em breve, ou seja, até ao final do ano", disse Tsakalotos.
O ministro disse ainda que "há que resolver a nível de quadros técnicos três ou quatro questões que precisam de mais tempo".
As maiores divergências dizem respeito ao tratamento a dar às dívidas de cobrança difícil e um outro tema complicado é a criação de um fundo de privatização no valor de 50 mil milhões de euros.
Tsakalotos referiu-se também à atual agenda de reformas e acrescentou que "devem ser vistas as reformas que vão ser feitas agora e quais as que ficam para outubro e o impacto que estas reformas têm no ano fiscal e no crescimento".
Segundo a imprensa local, entre as novas medidas podem figurar a abolição imediata das reformas antecipadas, a aplicação da cláusula de défice zero nos fundos de pensões, o aumento de contribuições em determinados setores, uma redução do salário mínimo no setor público e mudanças na legislação laboral, nomeadamente a nível de despedimentos.
Lusa / SOL