A POTS chega mesmo a fazer com que as pessoas tenham dificuldade em colocarem-se em pé, “já que o próprio corpo não consegue adaptar-se bem à força da gravidade”, lê-se no site britânico Independent.
Esta doença teve um grande impacto na vida de Julie, mas a parte mais difícil de lidar é o facto de este problema não ter quaisquer sintomas físicos, o que faz com que muitas pessoas não acreditem na sua palavra.
“Ser uma jovem com uma doença crónica invisível é uma das coisas mais difíceis com que tive de lidar. As pessoas acham que eu estou bem, que não estou doente. Não é que esteja à procura de simpatia, apenas respeito e compaixão. Tem sido uma odisseia incrível passar de pessoa extremamente saudável e alguém que vive com uma doença crónica”, escreveu Julie na sua página no Facebook.
“Não sou capaz de acompanhar os meus amigos e o meu orgulho faz com que, na maior parte da vezes, não peça ajuda. Infelizmente, a descrença dos outros fez com que me mantivesse sempre em silêncio sobre esta doença. É como se estivesse a ser castigada por estar doente.”, acrescentou.
Há uns dias, Julie chegou ao seu carro, que possui um dístico de deficiência, e tinha um bilhete a dizer “falsa” no vidro.
“Senti tantas coisas ao mesmo tempo. Senti-me magoada, zangada, queria que a minha voz fosse ouvida, mas esta pessoa foi cobarde e não conseguiu dizer-me aquilo que achava pessoalmente”, escreveu no Facebook.
“Esta pessoa não me conhece e não sabe o que sofro. Não faz ideia do que esta doença me tirou. Não faz ideia da quantidade de noites que adormeço a chorar, a limpar as lágrimas com a almofada, a suplicar, a rezar para que Deus me cure. Não vê a fraqueza, a dor, os sintomas que só eu sinto. Não percebe e até que lhe aconteça nunca irá perceber”, desabafou Julie.
Mesmo assim, esta jovem norte-americana decidiu usar o Facebook para passar também um alerta. “A minha doença foi invalidada, mas isso não faz com que seja menos real ou que a minha luta seja menos importante. Vou continuar a parar no lugar a que tenho direito e vou erguer a cabeça e continuar a ajudar para que se encontre a cura para o meu problema”.
Julie McGovern disse ao Independent que, desde a publicação deste texto, recebeu mensagens de todo o mundo, umas positivas e outras negativas.