Cada vez mais dedicado à música eletrónica e hip hop, esta "evolução" no cartaz é uma "aposta ganha", segundo a programadora do festival, Jwana Godinho, que adiantou hoje à Lusa terem passado ao todo cerca de 188 mil pessoas pela 19.ª edição do Festival Sudoeste.
As noites de quinta feira, com Eméli Sandé e Calvin Harris, e sábado, com Anselmo Ralph e Hardwell, foram as mais concorridas, com cerca de 40 mil pessoas no público.
"Temos dos maiores nomes mundiais da música eletrónica no festival", disse a mesma responsável da organização, referindo-se por exemplo a Hardwell, considerado o melhor DJ do mundo pela revista DJ Mag, Steve Aoki ou ainda a Dimitri Vegas & Like Mike, todos no "top 10" da mesma publicação.
Sem querer destacar um "ponto alto" do Festival Sudoeste em concreto, Jwana Godinho não quis deixar de referir o momento em que Hardwell e os Buraka Som Sistema partilharam o palco.
"Há aqui um momento muito especial, quando Hardwell acabou o set com Buraka Som Sistema, temos ao maior DJ do mundo a tocar em palco com uma banda nacional", sublinhou.
As noites do festival, que decorreu entre quarta feira e domingo, terminaram sempre ao som da música eletrónica, com Dimitri Vegas & Like Mike, Calvin Harris, W&W, Hardwell e Steve Aoki, que encerrou o MEO Sudoeste no "dia D", último dia do certame que a organização dedica "aos DJ, à descontração, à diversão e à dança".
Também o hip hop tem conquistado espaço no cartaz do Festival Sudoeste, com nomes nacionais, como Jimmy P, Dengaz, Regula e Carlão, e estrangeiros, como Lil Jon, rapper norte americano que não chegou no entanto a atuar na Zambujeira do Mar, como previsto, por estar impedido de viajar por "indicação médica", divulgou a organização.
"É sempre uma coisa não desejável e que não gostamos que aconteça, nem o artista", lamentou Jwana Godinho, assegurando que a situação não causou "nenhum problema".
Os concertos deste género músical têm sido "um grande sucesso", destacou, fazendo questão de recordar que o MEO Sudoeste "foi o primeiro festival dos grandes festivais a ter grandes nomes do hip hop", como por exemplo, em 2011, Kanye West ou Snoop Dogg, que se estreou em Portugal no palco da Herdade da Casa Branca.
Dedicado a "um público muito jovem", a tendência de apostar em música eletrónica e hip hop deverá continuar na 20.ª edição, em 2016, segundo revelou a programadora.
Após cinco dias de música, festa, convívio e mergulhos nas praias e no canal, chegou a hora de milhares de festivaleiros desmontarem a tenda, despedirem-se da Herdade da Casa Branca e rumarem a casa.
Lusa/SOL