Nesta segunda campanha, que decorreu entre novembro de 2014 e abril de 2015, foram visitadas 10 cadeias retalhistas físicas, onde foram identificados 29% de produtos sem etiqueta, e 10 "online", com 16% de produtos não-etiquetados.
Em comparação com a primeira campanha de visitas, registou-se um aumento da taxa de produtos sem etiqueta, sobretudo nas lojas físicas, que quase duplicou.
Nos estabelecimentos físicos foram encontrados mais produtos corretamente etiquetados (63% face a 10% das cadeias "online"), enquanto nas lojas que vendem através da Internet 74% dos produtos apresentavam uma etiquetagem incorreta ou parcial.
Desde janeiro, os retalhistas "online" são obrigados a disponibilizar, em formato eletrónico, a etiqueta energética e a ficha de produto de todos os novos modelos colocados no mercado.
Mas as novas regras ainda não são cumpridas por todos. Por exemplo, as fichas de produto, que contêm informações adicionais sobre o desempenho dos aparelhos, estavam disponíveis nas lojas físicas, mas raramente nas "online", sendo a taxa de presença da etiqueta energética em formato digital igualmente reduzida (8%).
Foram detetadas ainda outras irregularidades, entre as quais venda de luminárias sem etiquetas em português ou folhetos promocionais com aparelhos sem indicação de classe energétcica.
"É importante salientar que os produtos sem etiqueta energética ou não corretamente etiquetados, para além de não cumprirem com a legislação aplicável, impossibilitam o consumidor de fazer uma compra informada e consciente, prejudicando também os fabricantes que investem na inovação tecnológica e os vendedores que cumprem a legislação", destaca o comunicado da Quercus.
Nos 11 países participantes no projeto Market Watch foram analisados quase 30.000 produtos em 243 lojas.
A organização reconhece que as amostras são demasiado pequenas para serem estatisticamente significativas, mas permitem identificar tendências.
"Entre agosto e setembro de 2015 será realizada a terceira e última campanha de visitas às lojas", refere a Quercus.
As lojas físicas atingiram 71% de conformidade enquanto o comércio "online" ficou-se pelos 33%. O principal problema das lojas físicas foi a falta de etiqueta energética e nos estabelecimentos "online" foi a etiquetagem parcial ou incorreta dos produtos.
Lusa/SOL