Força Aérea Portuguesa resgata mais de 200 migrantes

A Força Aérea Portuguesa, integrada na operação Triton da agência europeia Frontex, resgatou no domingo 221 migrantes irregulares que tentavam atravessar o Mediterrâneo numa embarcação de pesca, anunciou hoje o Estado-Maior-General das Forças Armadas.

Força Aérea Portuguesa resgata mais de 200 migrantes

Uma aeronave "P-3C CUP+", da Força Aérea, que se encontra em missão na Base Naval de Sigonella, em Itália, socorreu 39 crianças, 39 mulheres e 143 homens do barco de pesca no qual tentavam atravessar o mar Mediterrâneo, durante mais de sete horas de voo.

As operações, que envolveram meios de vários países que integram a agência europeia Frontex, foram coordenadas pelas autoridades italianas do Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Roma, refere o EMGFA (Estado-Maior-General das Forças Armadas) num comunicado na sua página da internet. 

Segundo a mesma nota, o destacamento da Esquadra 601 – "Lobos" encontra-se localizado na Base Naval de Sigonella, Itália, juntamente com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, com a finalidade de participar no esforço da Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia (FRONTEX) para controlo da imigração irregular no Mediterrâneo.

"Estas operações de vigilância marítima decorrem numa área que vai do sul de Itália ao norte da Líbia, com especial foco nas ilhas de Malta e de Lampedusa", acrescenta o EMGFA. 

A missão do destacamento da Esquadra 601 – "Lobos" teve início a 01 de julho e termina no dia 31 de agosto.

Mais de um milhar de pessoas foram retiradas das águas do Mediterrâneo durante o fim de semana quando tentavam chegar à Europa, revelou no domingo a guarda costeira de Itália.

Só no domingo, foram retiradas 671 pessoas, incluindo 48 crianças, que seguiam em embarcações lotadas, em cinco operações de resgate.

O último balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) divulgado na semana passada refere que 240 mil migrantes chegaram à Europa, depois de atravessarem o Mediterrâneo, desde o início do ano — 98.000 na Itália e 124.000 na Grécia — e mais de 2.100 morreram durante a tentativa de travessia.

Lusa/SOL