O primeiro-ministro grego assumiu a existência de uma “crise dentro da crise” depois de numa só semana a polícia costeira do país ter resgatado mais de 1.400 migrantes que naufragaram já no final da sua viagem iniciada no Norte de África. Em Julho, informou Alexis Tsipras, chegaram à costa grega mais de 50 mil migrantes, número que supera o total de chegadas em todo o ano de 2014.
Além de partilhar com a Itália o fluxo de migrantes chegados do Norte de África, a Grécia está também na rota migratória que vem do Médio Oriente, especialmente da Síria, e em muitos casos se inicia no Afeganistão.
Assim, o país helénico aparece no terceiro lugar da lista de países que mais beneficiarão com o investimento da Comissão, tendo prevista a recepção de 473 milhões de euros para políticas de acolhimento a migrantes ao longo dos próximos anos.
À sua frente só a Itália, principal destino dos migrantes que atravessam o Mediterrâneo vindos do Norte de África, e a Espanha que receberá um total de 521 milhões. Portugal, que em 2014 foi o país europeu que menos asilos concedeu em proporção com a sua população, receberá pouco mais de 38 milhões de euros para as suas políticas de acolhimento, segundo o documento divulgado pela Comissão Europeia.