Este é um festival diferente. Com oito palcos espalhados pela aldeia e diferentes actividades, como sessões de curta-metragens, conversas com artistas e oficinas para crianças, o Bons Sons é uma referência na música portuguesa. “Quando pensámos em criar o festival, não existia um espaço apenas de músicos nacionais e percebemos que existia interesse e procura por parte do público”, explica Luís Ferreira, director do festival.
Pelas ruas de Cem Soldos, ouve-se música, visita-se a Feira de Marroquinarias, vê-se a exposição de Beatriz Brum e a instalação de Nuno Pimenta. Para quem considera que tem dom para a música, o Palco Garagem consagra-se como um espaço de descoberta de novos talentos. Tudo criado para que se tenha a experiência de ‘viver a aldeia’.
As primeiras cinco edições foram bienais, mas devido a pedidos do público e à vontade de aumentar o projecto, este ano marca-se o início de um festival anual. “Estamos à espera de 40 mil pessoas”, informa Luís Ferreira.
Criado pelas pessoas da aldeia, é organizado pela associação Sport Club Operário Cem Soldos (SCOCS) como forma de dinamizar, desenvolver e fixar os jovens, criar emprego e potenciar a economia local. De crianças a pessoas mais velhas, numa lógica de entreajuda e de serviço comunitário, todos participam na produção do festival.