“Sim, temos acordo”, disse uma das fontes, quando questionada sobre se os 19 ministros da zona euro tinham chegado a um acordo.
“O novo empréstimo pode chegar até aos 86 mil milhões de euros” vai ser concedido à Grécia durante os próximos três anos, referiu a Comissão Europeia.
O primeiro desembolso será de 26 mil milhões de euros, segundo uma fonte próxima das negociações, que duraram cerca de seis horas.
O primeiro desembolso será feito por duas vezes, sendo que um primeiro pagamento, no valor de 10 mil milhões de euros, vai estar imediatamente disponível numa conta especial do fundo de resgate da eurozona para a recapitalização da banca grega.
O segundo pagamento, no valor de 16 mil milhões de euros, vai ser disponibilizado à Grécia em várias etapas, começando por uma de 13 mil milhões de euros até 20 de agosto a tempo do pagamento de 3,4 mil milhões de euros ao Banco Central Europeu, segundo fontes do Eurogrupo.
O pagamento do restante dinheiro do primeiro desembolso será feito no outono e estará sujeito à aplicação de medidas chave acordadas no memorando de entendimento que fixa as condições do novo programa e que serão especificadas pelas instituições europeias e acordas pelos “números 2” dos ministros das Finanças e Economia.
Um segundo desembolso para a recapitalização da banca, até 15 mil milhões de euros, poderá ser pago depois da primeira revisão do resgate e em todo o caso antes de 15 de novembro.
Aquele desembolso está sujeito a uma planeada revisão da qualidade dos ativos bancários e das provas de resistência da banca.
No total, haverá 25 mil milhões de euros para sanear ou liquidar a banca grega com problemas.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, explicou, em conferência de imprensa, que o conselho de governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade espera poder dar o visto positivo até quarta-feira, o que vai “desbloquear a parte inicial do resgate”.
“Todo o intenso trabalho realizado durante as últimas semanas mereceu a pena”, disse Dijsselbloem, que acrescentou que a reunião extraordinária do Eurogrupo foi “muito construtiva”.
Lusa / SOL