Tudo porque, apurou o SOL, o concurso para a prestação deste serviço foi impugnado pela empresa perdedora, que interpôs em tribunal uma providência cautelar para suspender o procedimento. O resultado tem sido caótico: desde o início de Julho que as viaturas avariadas deixaram de entrar em qualquer oficina e, aos poucos, o maior comando do país vai ficando sem veículos disponíveis.
Só numa divisão da Grande Lisboa, estão neste momento inutilizados 20 carros, o que representa cerca de 40% de toda a frota. Outros dez estão em manutenção e mesmo dos 15 que ainda circulam cerca de metade tem avarias e anomalias já reportadas. Noutra divisão mais pequena, dos 20 carros só sete estão operacionais.
Contactada pelo SOL, a PSP diz que o problema será resolvido “em breve” graças a um ajuste directo, no valor de 250 mil euros, que foi lançado “com o objectivo de colmatar a demora do concurso público, devido a condicionalismos inerentes ao próprio procedimento”.
Fonte oficial da Direcção Nacional da PSP sublinha que ambos os contratos dependem de autorização da ministra da Administração Interna – autorizações essas que já foram obtidas.
E, acrescenta a mesma fonte, “apesar de ambos terem de ser submetidos a visto prévio do Tribunal de Contas, o ajuste directo, pelo seu valor cumulativo, permite a execução material do contrato desde já, o que permite mitigar o problema de modo significativo”.