A Unidade Residencial do Jovem, integrada na Unidade de Psiquiatria do Jovem e da Família, tem nove lugares e destina-se a jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos que apresentem "perturbações do comportamento alimentar e eventualmente outros comportamentos autolesivos", refere informação remetida à agência Lusa pelo CHSJ.
De acordo com esta entidade – que junta o Hospital São João, no Porto, e o de Valongo, conhecido por Hospital Nossa Senhora da Conceição – a nova unidade residencial dedicada aos jovens insere-se na "experiência largamente desenvolvida" na Clínica de Psiquiatria e Saúde Mental.
Em causa estão, por exemplo, situações associadas a anorexia nervosa e outros comportamentos prevalentes nos adolescentes, bem como em jovens adultos, sendo usado "um ambiente de internamento como intervenção no sistema de regulação familiar condicionado pela doença".
Quanto à Unidade Residencial do Idoso, esta integrada na Unidade de Psiquiatria do Adulto e do Idoso, trata-se de um espaço com oito lugares, aos quais se somam quatro de frequência durante o dia, e destina-se à reorganização comportamental e descanso do cuidador para doentes idosos com alterações comportamentais nomeadamente em processos iniciais de défice cognitivo.
"A unidade insere-se numa plataforma de apoio domiciliário comunitário que privilegia a preservação da identidade e autonomia apesar das limitações, através da psicoeducação e do estímulo da atividade, iniciativa e participação", lê-se na informação do CHSJ.
A par da abertura destas duas unidades, também hoje reabre no hospital de Valongo, distrito do Porto, a Unidade Residencial de Transição depois de ter sido alvo de uma reorganização de espaço e "melhoria de instalações", garantem os responsáveis.
Integrada na Unidade de Psiquiatria Comunitária, esta terceira unidade que está em funcionamento desde janeiro do ano passado, conta com 12 lugares para o tratamento e a reabilitação da doença mental grave.
O objetivo do espaço agora melhorado é proporcionar a pacientes que estejam, conforme descreve o CHSJ, estabilizados do ponto de vista sintomático, "uma progressiva recuperação das suas capacidades de socialização e comunicação, bem como maior autonomia na sua organização diária".
A aposta nestas unidades de psiquiatria insere-se na perspetiva traçada pelo Plano Nacional de Saúde Mental (2007/2016) que privilegia a articulação do tratamento e reabilitação de doenças psiquiátricas de evolução prolongada com uma intervenção comunitária e de proximidade.
Para os responsáveis, trata-se de potenciar a Clínica de Psiquiatria e Saúde Mental, uma estrutura que tem experiência em situações de anorexia nervosa e outras perturbações do comportamento alimentar, mas também aprofundar o trabalho de reabilitação na doença psiquiátrica crónica realizado no Hospital de Dia do polo do Porto e na Unidade Socio-Ocupacional do polo Valongo e na Unidade Residencial de Transição.
O plano inclui como objetivo "uma articulação mais eficaz" de especialidades como Neurologia e Psiquiatria, bem como da Segurança Social no acompanhamento dos processos demenciais e da Doença de Alzheimer, estando previsto o envolvimento das redes sociais das autarquias nomeadamente da rede do concelho de Valongo.
Lusa/SOL