Passados quase três anos, a sua mãe, Nancy Kirkwood, escreveu um texto a descrever o que fez para conseguir sobreviver à perda da sua filha mais nova. O texto começa por descrever a tarde de 23 de Outubro – um dia feliz, passado na companhia de Tess. Falaram sobre a partida da filha da sua terra natal e do casamento ‘vazio’ que a mãe mantinha há algum tempo – desabafos entre mãe e filha, que fizeram com que Nancy vivesse “um dos melhores dias da sua vida”. Mas, cinco dias depois, tudo mudou.
“Quando a vi no hospital, já morta, ela estava muito bonita. Levantei as suas pálpebras para ver os seus lindos olhos azuis por mais algum tempo, beijei-a, abracei-a, sem reparar nos ferimentos provocados pelo acidente”, escreve Nancy no artigo que publicou no site Huffington Post.
“Não há forma de ultrapassar uma tragédia destas, mas existem alguns passos que ajudam a manter-nos longe do abismo. Eu dava aulas numa universidade, a alunos com a idade da Tess. E isso era demais para mim. Comecei a trabalhar a partir de casa, divorciei-me, tal como a Tess queria. Escreveu este texto no meu jardim, ao lado de um letreiro a dizer ‘Vende-se’. O alpendre está a ser pintado e faço viagens com objectivos solidários com frequência. Dou aulas na organização Madwomen, uma escola comunitária para mulheres”, descreve Nancy na sua crónica.
Para além de pensar em si, Nancy criou também algo a pensar nos outros – o fundo Tess Senay Raynovich Eco Art, que ajuda financeiramente artistas dedicados à arte ecológica, a área de estudos de Tess, organizando angariações de fundos e workshops.
“Agora tenho como objectivo levá-la comigo, viver com o seu espírito optimista. Não consigo fazer isso todos os dias, mas a partir de agora é a nossa história, não apenas a minha”, acrescenta.
Para ler o artigo escrito por Nancy (em inglês), clique aqui